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Dimensões:
13,7 x 21,7 x 2,4cm
Autor:
Vinicius de Moraes
Sobre o Autor:
Diplomata e poeta brasileiro, Marcos Vinicius da Cruz de Mello Moraes nasceu a 19 de outubro de 1913, na Gávea, no Rio de janeiro, e morreu a 17 de abril de 1980, na mesma cidade. Em 1933, concluiu um Curso de Oficial de Reserva e formou-se em Direito, passando pelos bancos da Universidade de Oxford. Ao seguir a carreira diplomática, estabeleceu-se nomeadamente em Los Angeles, Montevideu e Paris. Nas Letras, as suas preferências iam para Katherine Mansfield, Georges Bernanos e François Mauriac. Convivia habitualmente com intelectuais como Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e Rubem Braga. O livro "O Caminho da Distância" marcou a sua estreia literária, em 1933. Vinicius publicaria ainda "Forma e Exegese" (1935), "Ariana, a Mulher" (1936), "Novos Poemas" (1938), "Cinco Elegias" (1943), "Poemas, Sonetos e Baladas" (1946) e "Pátria Minha" (1949). Na sua poesia, a crítica encontrava reminiscências do verso livre e generoso de Walt Whitman e do transcendentalismo de um Charles Péguy ou de um Paul Claudel. O erotismo marca o seu percurso poético, refreado todavia pela reserva da sua educação religiosa. A sua relação com a música popular estreitou-se com o encontro com António Carlos Jobim, em 1956, quando este musicou a peça "Orfeu da Conceição". Nessa época, Vinicius tinha já publicado um dos seus mais belos poemas, "O Operário em Construção". A parceria com Tom Jobim daria lugar aos grandes sucessos do movimento da bossa-nova e ao maior êxito internacional da dupla, "Garota de Ipanema". A adaptação cinematográfica de "Orfeu da Conceição" fora entretanto premiada em Cannes e recebera o Óscar do Melhor Filme Estrangeiro. Da coabitação com a música, a escrita poética de Vinicius surge assim mais comedida, mais segura e mais exata. Falava agora da vida de todos os dias, da felicidade, da saudade, do amor, da sensualidade, das mulheres. O convívio com Baden Powell questionou-o sobre as raízes africanas da negritude e o candomblé preencheu o seu imaginário e o seu quotidiano, povoando-o de ritos mágicos e de ancestralidade. Os afrossambas "Apelo, Berimbau e Samba em Prelúdio" datam desta colaboração. Em 1960, publica a sua "Antologia Poética" e, dois anos depois, "Para Viver um Grande Amor", renovando a sua poesia através da colaboração com a nova geração de artistas brasileiros, entre os quais Edu Lobo, Francis Hime e mais tarde Toquinho. Além de autor, tornou-se o seu próprio intérprete, participando em inúmeros espetáculos. Vinicius de Moraes veio a falecer em 1980 na sua famosa banheira, legando-nos a imagem de um espírito irreverente e eternamente apaixonado. Da sua discografia como intérprete merece uma referência o disco "Vinicius - 90 Anos", uma edição especial lançada em 2003, em formato duplo, reunindo os temas principais do cantor, quer como letrista quer como cantor/músico. Do alinhamento do disco fazem parte alguns dos grandes clássicos da bossa-nova brasileira, canções verdadeiramente inesquecíveis como "Onde Anda Você", "Marcha de Quarta-Feira de Cinzas", "Tarde em Itapoã", com voz de Vinicius e guitarra de Toquinho. Além destes, uma nota ainda para outras canções, com letras de Vinicius, autênticos hinos da MPB, como "Garota de Ipanema" (Tom Jobim), "Água de Beber" (Maysa), entre outros. Deste poeta brasileiro se disse que foi um homem sem limites, múltiplo. Nunca foi avaro das suas emoções, dos seus sentimentos, da sua amizade. Vinicius cruzou o caminho de grandes músicos. Trabalhou com os maiores nomes da música popular brasileira: Pixinguinha, Tom Jobim, Baden Powell, Carlos Lyra, Chico Buarque e Toquinho, entre outros. Mas este poeta das boémias e do "anti-establishment" (de tal maneira que dele Drummond de Andrade afirmou um dia: "Vinicius é o único poeta brasileiro que viveu como um poeta") começou por receber uma educação sofisticada, entre jesuítas, poetas latinos e interrogações metafísicas. A influência i
Sinopse:
"Todo Amor" reúne cartas, crónicas, poemas e letras de canções de um dos grandes poetas da nossa língua, compondo um painel admirável e emocionante, onde cabem a alegria, a tristeza, o ciúme, a devoção absoluta, o arrebatamento e o arrependimento, o perdão e a traição, a ameaça do fim e a ética de um sentimento que inclui toda a Humanidade. Aqui está o Vinicius de sempre, como nunca o vimos. Aqui está o amor de sempre com uma nova intensidade.
Língua:
Português
Capa:
Capa Dura
Temática:
Poesia
Editora:
Companhia das Letras
Data de Lançamento:
Novembro 2019
Nº de Páginas:
280
ISBN:
9789896659103