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Escravos e Traficantes no Império Português

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O comércio negreiro português no Atlântico durante os Séculos XV a XIX.


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Promoção válida de 01/01/2023 a 31/12/2030

Dimensões:

16,0 x 23,7 x 1,9cm

Autor:

Arlindo Manuel Caldeira

Sobre o Autor:

Arlindo Manuel Caldeira é licenciado em História e investigador do CHAM (Universidade Nova de Lisboa/Universidade dos Açores). Sobre a temática da obra "O Apelo da Liberdade", publicou, além de dezenas de artigos em revistas portuguesas e estrangeiras, os livros "Escravos e Traficantes no Império Português: O Comércio Negreiro Português no Atlântico durante os Séculos XV a XIX" (Lisboa, A Esfera dos Livros, 2013; "Schiavi e trafficanti attraverso l’Atlantico", Milão, Mimesis Edizioni, 2020) e "Escravos em Portugal: Das Origens ao Século XIX" (Lisboa, A Esfera dos Livros, 2017). É também autor de "Mulheres Enclausuradas: As Ordens Religiosas Femininas em Portugal durante os Séculos XVI a XVIII" (Lisboa, Casa das Letras, 2017).

Sinopse:

Corria o ano de 1444. Uma frota algarvia de 6 caravelas chega a Lagos depois uma expedição ao golfo de Arguim (atual Mauritânia). Naquela manhã quente de princípio de Agosto, despertando a curiosidade da população local, desembarcava em Lagos um contingente de 235 escravos africanos. A notícia correra de boca em boca. Todos queriam ver o inusitado espetáculo, até mesmo o poderoso infante D. Henrique, que tinha direito a um quinto dos desembarcados. Não era a primeira vez que chegavam escravos negros a Lagos. Mas nunca tinham vindo em tão grande número. O cronista Gomes Eanes de Zurara relata, de forma comovente, na sua Crónica da Guiné, a partilha dos cativos: homens e mulheres inconsoláveis, rostos lavados em lágrimas, gritando e gemendo, tentando desesperadamente não ser separados dos filhos. De uma forma simbólica, este episódio marca o início do tráfico atlântico de escravos. A partir de 1444 e durante cerca de 180 anos, os portugueses detiveram, quase em exclusivo, o comércio de escravos no Atlântico. Só a partir de 1621, com a criação da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, novos concorrentes chegam em força a este mercado. O historiador Arlindo Manuel Caldeira levou a cabo uma exaustiva pesquisa, para traçar neste livro, um retrato abrangente do tráfico de escravos, da sua origem até à sua abolição, no espaço do império português. Um processo complexo que evoluiu ao longo dos séculos, que é aqui analisado desde a compra dos escravizados, em diferentes locais da costa ocidental africana, à difícil travessia do oceano em navios sobrecarregados, nas condições mais deploráveis. É possível acompanhar depois a chegada desses escravos a Lagos e a Lisboa, mas sobretudo aos portos do Brasil, em direcção às minas e às grandes plantações de açúcar, de tabaco e de café, onde constituíram a mão-de-obra quase exclusiva. O historiador analisa ainda, com minúcia, as margens de lucro deste negócio e desvenda a biografia de alguns negociantes e das principais famílias que se envolveram no Apesar de em Portugal, o primeiro decreto de restrição do tráfico ter a data de 1761, só em 1842 é que, de forma efetiva, a Coroa portuguesa proclamou o fim da compra e venda de seres humanos e, em 1878, a abolição da escravatura em todo o império português. Para a História fica o poder dos números: entre 1450 e 1860 quase 13 milhões de africanos foram traficados no lucrativo comércio de escravos do Atlântico. Perto de seis milhões desses escravizados foram transportados em navios com a bandeira de Portugal ou do Brasil.

Língua:

Português

Capa:

Capa Mole

Temática:

História e Política

Editora:

A Esfera dos Livros

Data de Lançamento:

Junho 2013

Nº de Páginas:

376

ISBN:

9789896264789