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Dimensões:
15,5 x 23,3 x 0,7cm
Autor:
Hermann Hesse
Sobre o Autor:
Romancista e poeta alemão, Hermann Hesse nasceu em 1877 em Wüttenberg. Como os pais depositavam esperanças no facto de Hermann Hesse poder vir a seguir a tradição familiar em teologia, enviaram-no para o seminário protestante de Maulbronn, em 1891, mas acabou por ser expulso. Passando a uma escola secular, o jovem Hermann tornou a revelar inadaptação, pelo que abandonou os seus estudos. Começou depois a trabalhar, primeiro como aprendiz de relojoeiro, como empregado de balcão numa livraria, como mecânico, e depois como livreiro em Tübingen, onde se teria juntado a uma tertúlia literária, "Le Petit Cénacle", que teria, não só grandemente fomentado a voracidade de leitura em Hesse, como também determinado a sua vocação para a escrita. Assim, em 1899, Hermann Hesse publicou os seus primeiros trabalhos, "Romantischer Lieder" e "Eine Stunde Hinter Mitternacht". Na obra, refletindo o ideal de Jean-Jacques Rousseau do regresso à Natureza, o protagonista resolve abandonar a grande cidade para viver como São Francisco de Assis. O livro obteve grande aceitação por parte do público. Em 1911, e durante quatro meses, Hermann Hesse visitou a Índia, que o teria desiludido mas, em contrapartida, constituído uma motivação no estudo das religiões orientais. No ano seguinte, o escritor e a sua família assentaram arraiais na Suíça. Nesse período, não só a sua esposa começou a dar sinais de instabilidade mental, como um dos seus filhos adoeceu gravemente. No romance "Rosshalde" (1914), o autor explora a questão do casamento ser ou não conveniente para os artistas, fazendo, no fundo, uma introspeção dos seus problemas pessoais. Finda a Primeira Guerra Mundial, Hesse publicou o seu primeiro grande romance de sucesso, "Demian" (1919). A obra, de caráter faustiano, refletia o crescente interesse do escritor pela psicanálise de Carl Jung. Deixando a sua família em 1919, Hermann Hesse mudou-se para o Sul da Suíça, para Montagnola, onde se dedicou à escrita de "Siddharta" (1922), romance largamente influenciado pelas culturas hindu e chinesa. A obra, traduzida para a língua inglesa nos anos 50, marcou definitivamente a geração Beat norte-americana. 1919 foi também o ano em que Hesse travou conhecimento com Ruth Wenger, filha da escritora suíça Lisa Wenger e bastante mais nova que o autor. O escritor renunciou à cidadania alemã, em 1923, optando pela suíça. Divorciando-se da sua primeira esposa, Maria Bernoulli, casou com Ruth Wenger em 1924, tendo o casamento durado apenas alguns meses. Dessa experiência teria resultado uma das suas obras mais importantes, "Der Steppenwolf" (1927). No romance, o protagonista Harry Haller confronta a sua crise de meia-idade com a escolha entre a vida da ação ou da contemplação, numa dualidade que acaba por caracterizar toda a estrutura da obra. Em 1931 voltou a casar, desta feita com Ninon Doldin, de origem judaica. Com apenas quatorze anos, havia enviado, em 1909, uma carta a Hermann Hesse, e desde então a correspondência entre ambos não mais cessou. Conhecendo-se acidentalmente em 1926, foram viver juntos para a Casa Bodmer, estando Ninon separada do pintor B. F. Doldin, e a existência de Hesse ter-se-à tornado mais serena. Durante o regime Nacional-Socialista, os livros de Hermann Hesse continuaram a ser publicados, tendo sido protegidos por uma circular secreta de Joseph Goebbels em 1937. Quando escreveu para o jornal pró-regime "Frankfürter Zeitung", os refugiados judeus em França acusaram-no de apoiar os Nazis. Embora Hesse nunca se tivesse abertamente oposto ao regime Nacional-Socialista, procurou auxiliar os refugiados políticos. Em 1943 foi finalmente publicada a obra "Das Glasperlernspiel", na qual Hesse tinha começado a trabalhar em 1931. Tendo enviado o manuscrito, em 1942, para Berlim, foi-lhe recusada a edição e o autor foi colocado na Lista Negra Nacional-Socialista. Não obstante, a obra valer-lhe-ia o prémio Nobel em 1946. Em 1962,
Sinopse:
"Ele e o Outro" conta a história de Friedrich Klein, um escriturário de meia-idade que desvia dinheiro ao patrão e foge para Itália. No entanto, Klein não é um criminoso comum, mas um burguês auto-alienado e atormentado, que apenas procura paz e realização pessoal. Enquanto reflete sobre o seu destino, Klein reconhece que a sua principal motivação foi a compulsão e o desejo de matar a mulher e os filhos, e que tal só poderá ser evitado se abandonar totalmente a sua antiga vida. Esta viagem sombria está associada ao nome de Wagner, o famoso compositor, e igualmente a um professor alemão que, em 1913, assassinou a mulher e os filhos. Apesar da sua fuga, Klein não consegue ultrapassar a sua dor. Em vez de se sentir liberto, sente-se uma vítima dos seus próprios pensamentos e vê o seu cérebro como um caleidoscópio no qual as diversas imagens que rodam são orientadas pela mão de outra pessoa. Ao longo da história, Klein pondera várias vezes suicidar-se. Quando se encontra já em situação de desespero, conhece Teresina, uma jovem loura por quem se sente atraído, ainda que tenha sentimentos ambivalentes. Para Klein, algo em Teresina simboliza a vitalidade mas também uma ligação com o eterno feminino. Mas quando Teresina o questiona sobre o seu passado, ele recusa dar uma resposta clara e direta.
Língua:
Português
Capa:
Capa Mole
Temática:
Romance
Editora:
Dom Quixote
Data de Lançamento:
Fevereiro 2022
Nº de Páginas:
112
ISBN:
9789722073387